quarta-feira, 18 de maio de 2011

REDES SOCIAS E ENGENHARIA

       

Cada vez mais interligado, nosso planeta caminha para se consolidar como uma grande teia social, unida por todos os lados. As pessoas estão conectadas em rede, e cada negócio é uma rede social – têm seguidores, críticos, apaixonados, analistas.
A importância das mídias sociais não está necessariamente nas ferramentas em si, como Facebook, Orkut e Twitter. O que interessa é que essas mídias estão, hoje em dia, presentes no dia a dia das pessoas e das empresas, fomentando discussões, alimentando a cadeia de valor de produtos e serviços, tecendo tendências e ditando comportamentos e direções. Marcas, produtos, atendimento, relacionamento e prestação de serviços são constantemente debatidos nas redes sociais.

Para qualquer empresa, é fundamental conhecer esses meios e traçar estratégias de monitoramento e relacionamento com os consumidores ou usuários.
Monitorar e interagir com esses canais-chave regularmente é estar mais próximo do seu consumidor e estabelecer uma relação mais harmônica com os seus produtos e serviços. A empresa que atua junto e conhece o seu consumidor tem um importante aliado, que apoia, indica correções, dá sugestões e se engaja no seu projeto ou se apaixona pela sua marca.
“Todas essas rupturas abrem espaços para evoluções econômicas exponenciais. Por isso, temos que olhar as oportunidades e serem inovadores. Mais de 98% das pessoas estão do lado de fora da empresa. E estão conectadas em rede. As empresas são abstrações. O que vale, de verdade, são as pessoas dentro delas e suas relações”, explica Silvio Meira.


  

Principais vantagens de se usar as redes sociais no negócio
Há atividades que claramente se beneficiam com o uso das redes sociais num ambiente corporativo:
Relacionamento com os consumidores: com as redes sociais podemos monitorar opiniões, interagir com as pessoas e estabelecer novos formatos de relações.
Produtividade: pesquisa feita pela empresa de relações públicas Burson-Masteller indica que mais da metade das empresas listadas na Fortune 100 tem contas no Twitter para atendimento ao público.
Colaboração: o uso de aplicações como reuniões virtuais e redes colaborativas tende a crescer, na medida em que diminui a necessidade de trabalho presencial. De acordo com uma pesquisa feita pela Palo Alto Networks, 91% das empresas têm algum tipo de ferramenta de workgroup.
Gestão do conhecimento: com as mídias sociais, o esforço de capturar, de alguma forma, o conhecimento dos funcionários e colaboradores pode tornar-se realidade com a utilização de blogs e sites de relacionamento com grupos específicos.
Inovação: as empresas que enxergam além dos esforços de suas equipes internas têm oportunidades de abrir novas fronteiras de relacionamento com o mundo exterior e comunidades de conhecimento externas, como clientes, acadêmicos e pesquisadores.
Envolvimento dos funcionários: uma rede interna de comunicação pode ser uma poderosa ferramenta de mobilização, além de estimular o relacionamento e promover a aproximação entre os grupos, fazendo com que seja, cada vez mais, “parte” da empresa.
Seleção de profissionais: redes como Linkedin e Plaxo já funcionam, na realidade, como fontes efetivas de seleção de profissionais. Conforme pesquisa da Deloitte, 23% das empresas já utilizam as redes como um instrumento de contratação.

Níveis estratégicos de redes sociais nos negócios
Existem nove níveis de estratégia incremental, baseados em gestão de competências, para a utilização das redes sociais nos negócios. Vamos a eles:
 Nível 0: não há nenhuma presença de seu negócio em qualquer rede social, é como se ele não existisse. Atenção: se continuar nesse nível, seu negócio pode realmente deixar de existir.

Nível 1: não há presença formal nas redes sociais e muito menos estratégia, mas seus clientes e/ou usuários falam de sua empresa lá nas redes.

Nível 2: não há presença nas redes sociais e nem estratégia, mas seus clientes e/ou usuários, e também seus funcionários e colaboradores, estão engajados em conversações nas redes. Se sua empresa está nesse nível, é muito importante estar atendo aos “sinais”. Ex.: a campanha “Calaboca Galvão”, que correu no twitter como um tsunami.

Nível 3: sua empresa tem uma presença formal em uma ou mais redes sociais, mas ainda sem uma estratégia. É onde está a maioria das empresas atualmente.

Nível 4: sua empresa tem uma presença formal em uma ou mais redes sociais e tem uma ou mais estratégias de uso e divulgação, para associar tal presença ao que acontece em seu site e, particularmente, ao que acontece com os clientes e usuários, em seu site.

Nível 5: sua empresa possui um conjunto de processos de gestão de conhecimento corporativo, que passa pelo uso competente de uma ou mais redes sociais internas da organização. Essas redes devem ter como objetivo representar a quantidade e a qualidade das interações e conversações em todos os níveis da empresa.

Nível 6: sua empresa já tem e usa redes sociais internas e começa a conectar suas comunidades internas à presença da organização na Web (site) e às redes sociais externas

Nível 7: sua empresa, em vez de simplesmente conectar as redes sociais internas às externas e aos sites, passa a integrar, gradativamente, suas redes sociais internas às redes externas e aos sites.

Nível 8: o conhecimento organizacional, nesse nível, transcende a empresa e começa a estar em todo lugar em que há pessoas que conversam sobre as empresas e seus produtos e serviços. É necessário desenvolver uma estratégia de verbalização das conversações corporativas, sem esquecer que as redes sociais não são parte de suas ações de propaganda e marketing.

Nível 9: sua empresa já é uma rede social de fato. Todas as conversações corporativas são compartilhadas e os processos de negócio, internos e externos, são realizados em comunidades das mais diversas redes sociais, inclusive, e principalmente, a sua.

Fonte: HSM Online

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